sábado, 26 de maio de 2012

Desdobrável. Eu sou.

 

O encontro é mais cedo, bem mais cedo porque a aprendizagem é extensa. Logo de manhã cedinho, nos encontramos em frente a escola, hoje é dia de atravessar a cidade rumo ao Museu de Língua Portuguesa e Pinacoteca do Estado de São Paulo. As alunas estão na rua, na descoberta de um território estranho. Tudo é novidade, deslumbramento, fome avassaladora pelo conhecimento.


No caminho, uma conversa ansiosa, perguntas intermináveis e olhos aflitos. As meninas não se continham na imensidão da terra da garoa. O dia estava nublado. Passamos pela Estação da Luz, tiramos fotos e reparamos ao nosso redor. Um lanche antes do passeio acalma a fome. Passamos primeiro pela Pinacoteca e, livres, circulamos pelos corredores, observando detalhes dos quadros e esculturas e toda arte que respirava no ambiente. Minhas alunas tocavam, testavam a textura, respiravam os pensamentos, movimentavam-se soltas, absortas num mundo novo. 


No Museu de Língua Portuguesa, nem consigo descrever o que foi vivenciar a descoberta do mundo das palavras com aquelas pequenas. Os sentimentos transformados em sons e desenhos carinhosos, brilhando no telhado da sala. Abraços sinceros, daquelas que compartilharam o elo da existência humana – a linguagem. Gosto muito de todas vocês.




2 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho de todas! Precisamos de grupos como estes que provocam questionamentos e desestabilizam o conservadorismo.

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  2. Parabéns, meninas, por esse belo trabalho, que destaca aspectos da luta feminista que, em sua diversidade de expressão, contribui na criação e efetivação de estratégias de enfrentamento às formas de opressão, considerando limites, possibilidades e desafios dessas lutas no capitalismo contemporâneo.
    Professora Tati.

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