O encontro é
mais cedo, bem mais cedo porque a aprendizagem é extensa. Logo de manhã
cedinho, nos encontramos em frente a escola, hoje é dia de atravessar a cidade
rumo ao Museu de Língua Portuguesa e Pinacoteca do Estado de São Paulo. As
alunas estão na rua, na descoberta de um território estranho. Tudo é novidade, deslumbramento,
fome avassaladora pelo conhecimento.
No caminho,
uma conversa ansiosa, perguntas intermináveis e olhos aflitos. As meninas não
se continham na imensidão da terra da garoa. O dia estava nublado. Passamos pela
Estação da Luz, tiramos fotos e reparamos ao nosso redor. Um lanche antes do
passeio acalma a fome. Passamos primeiro pela Pinacoteca e, livres, circulamos
pelos corredores, observando detalhes dos quadros e esculturas e toda arte que
respirava no ambiente. Minhas alunas tocavam, testavam a textura, respiravam os
pensamentos, movimentavam-se soltas, absortas num mundo novo.
No Museu de Língua
Portuguesa, nem consigo descrever o que foi vivenciar a descoberta do mundo das
palavras com aquelas pequenas. Os sentimentos transformados em sons e desenhos
carinhosos, brilhando no telhado da sala. Abraços sinceros, daquelas que
compartilharam o elo da existência humana – a linguagem. Gosto muito de todas
vocês.
Parabéns pelo trabalho de todas! Precisamos de grupos como estes que provocam questionamentos e desestabilizam o conservadorismo.
ResponderExcluirParabéns, meninas, por esse belo trabalho, que destaca aspectos da luta feminista que, em sua diversidade de expressão, contribui na criação e efetivação de estratégias de enfrentamento às formas de opressão, considerando limites, possibilidades e desafios dessas lutas no capitalismo contemporâneo.
ResponderExcluirProfessora Tati.