terça-feira, 22 de maio de 2012

Primeiras impressões, abraços queridos!


É com imenso prazer que iniciamos mais um grupo de estudos feministas dentro da escola pública brasileira. Carregada de boas lembranças, o projeto estende seus braços para a Zona Oeste da cidade de São Paulo, inundando a pequena escola localizada no coração do Jardim Jaqueline com debates questionamentos, reflexões, dúvidas e alívios.

            O dia é sugestivo e enche nossos corações de esperança: iniciamos nossa luta num dia muito especial para a luta feminina, 8 de março de 2012. Muitos avanços, muitas conquistas e sem dúvida, o alargamentos de olhos cansados de aprisionamentos. A luta feroz abre caminho para que olhos, ainda bem jovens, também possam compartilhar da luta secular. O caminho é menos árduo, porém não menos longo: há muitos direitos a serem conquistados, muitas violências a serem abolidas, muitos sorrisos a serem conquistados. A luta ainda é urgente.

            As meninas do 8º ano do Ensino Fundamental II da E.M.E.F. Vianna Moog se reúnem hoje para celebrar a esperança na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A apresentação foi breve, entrecortada por timidez, insegurança no espaço novo – até pouco tempo atrás não tínhamos um espaço nosso, confiável, seguro e, principalmente, aberto para o desaguamento de nossas ideias retumbantes e para a transcendência de nossos medos e dificuldades.

            O espaço é nosso e seguro. E alargaremos o horizonte da igualdade, fortalecendo os laços de uma verdadeira democracia dentro do espaço de saber por excelência: a escola. Por muito tempo nos foi negado o acesso ao saber. É chegada a hora de o conquistarmos verdadeiramente. Nossa reunião será a mais poderosa ferramenta para a construção de uma escola além de paisagens cercadas. Nossa única cerca será o abraço amigo que daremos umas nas outras.

Leitura de apoio:
http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2011/03/meu-feminismo-nao-e-pra-mim.html

Um comentário:

  1. Força sempre! Estamos juntas nesta luta! Por um mundo sem opressão de gênero, classe ou raça!
    Prof. Ana

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